terça-feira, 26 de setembro de 2017
SOLIDÃO
Mesmo na soma de todas presenças
Ainda te sinto no fundo do peito
E emerges veloz quando soam minhas perdas
E inventas tristezas
Belezas já murchas
Meu enlace de fibras é tecido poroso
Dele escapa
Odioso
Tudo que agarro e prendo
E se me desentendes da própria verdade
Eu mesmo me desinvento em suas armadilhas
Me desacompanhas na sua presença
E deitas extensa na porta de casa
E não se sai
E não se só
E não se se
Mas só se sabe de um só ser
Se sente solidão.
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