quinta-feira, 30 de março de 2017

FILOSOFIA


Filho da maçã
E da serpente
Filho da vontade
E da semente
Da verdade plantada num canto da mente
Da semente do encanto que brota na gente
E nasce
Conhecimento
Pau pra toda obra
Cimento
Fogo que aquece mas queima
Conforto e desalento.
Mente prenha
Fogão a lenha
Cozinhando uma ideia, um dilema, um poema.
Pra raiar o sol                        
No nascer do dia
O filho
O fogo
O fim.
Filosofia.

terça-feira, 7 de março de 2017

AZUL DA COR DO MEU DELÍRIO


Azul da cor do meu delírio
A minha mente sobe aos céus
Pra quê chapéu se a consciência
Voa solta por aí

Azul da cor do meu delírio
O meu mergulho é aqui
No mais profundo inconsciente
Em minha mente eu molho o pé

Azul da cor do meu delírio
Qual seja o vento ou a maré
Viver o gosto delirante
De poder ver como se é


domingo, 5 de março de 2017

PASSATEMPO


Não consigo comer seu tempo na distância
Na irrelevância da ausência me como as tripas
Passatempo para o tempo da presença
Para comer seu tempo lento
Eu tanto tento
Meu tempo coelho
Tatuei a sua carne no espelho
Em pintura pura, crua e completa
Espelhei na sua carne tão desperta
Os meus anseios,
Tempo feio,
Ansiedade


CORTE


Um corte tão profundo que caiba todo o mundo dentro
Um mundo tão imundo que caiba um corte desatento.
Um corte é só um corte
A carne que é a morte
A faca é só a faca
E a mão que corta a carne fraca é só.
Nem por romance
Nem por poesia
Reforce a ideia do corte
Que corta a luz e o curso dos dias
Que transforma o peito quente em carne fria
Que encurta a cura, o riso e a alegria
Que não conforta
Não abre porta
Nem se suporta
Só vem
E corta.