quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SOBRE COISAS QUE VEM DO MAR

boneca de porcelana
cansei de você
quebrando na minha mão
e causando conflito 
nesse distrito
que eu chamo coração

nem sei se sou diário
ou estranho
nem sei se sou sol
ou plutão
só sei que nada sei
sou
sou e sinto
e sinto muito

um escorpião me picou
e eu guardei seu veneno
agora eu sempre volto e venho
sem mais nem menos
ás vezes com menos

mas ninguém conhece
ninguém conhece por inteiro
bicho certeiro
tudo bem
tudo que vem do mar
guarda lá os seus segredos

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